quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Freddie Mercury


Nome: Farrokh Bommi Bulsara
Nascimento: 5 de Setembro de 1946. Local: Stone Town, Zanzibar.
Falecimento: 24 de Novembro de 1991. Local: Kensington, Londres, Inglaterra, Reino Unido.
Instrumentos: Vocais, piano, teclado, guitarra

Freddie Mercury: Eterno

Infância
Nascido de pais indianos parses em Stone Town, na ilha de Zanzibar, no leste da África, em 5 de setembro de 1946, Farrokh Bommi Bulsara cresceu na fé zoroastrista e num velho ambiente colonial britânico. Seu pai, Bomi Bulsara, era encarregado do caixa no tribunal; sua mãe, Jer Bulsara, cuidava da casa e da família (uma filha, Kashmira, nasceu em 1952). Quando Farrokh fez 8 anos, foi para um internato indiano, St. Peter’s, em Panchgani, estação de montanha a 80 km de Bombaim (hoje Mumbai). Era perto de onde viviam seus avós maternos e uma tia, com os quais ele passaria folgas e feriados quando não fosse para Zanzibar.

Freddie no St. Peter's
Freddie, como foi apelidado pelos colegas de classe, aprendeu um sotaque bem inglês, que o ajudaria a manter suas origens convenientemente em segundo plano. No internato fez parte do coro, da companhia dramática, fez aulas de piano e se meteu com esportes: hóquei, corrida e boxe. Além disso, ele e seus amigos tinham acesso a um toca-disco com uma pilha de discos 45 rpm do gênero pop. Jer Bulsura, sua mãe, certa vez disse que, depois de ver Elvis Presley na TV durante um período de férias, ele jurou: “Eu vou ser como ele algum dia”. Farrokh sempre quis ser um showman.


Primeira banda de Freddie: The Hectics
Com 12 anos, Freddie formou o grupo beat Hectics. Nos bailes da escola, tocava no piano covers e Elvis, Little Richard, Fats Domino e do britânico Cliff Richard. Sua volta ao Zanzibar em 1962, a pedido do próprio Freddie, interrompeu a atividade com bandas por vários anos.

Zanzibar tornou-se independente em dezembro de 1963. Já no mês seguinte, uma revolta da população africana contra o regime dominado dos árabes, fez com que os residentes indianos ficassem no meio do fogo cruzado. Os Bulsara, então, arrumaram suas malas e fugiram. Conexões familiares os levaram a Feltham, Middlesex (a pouco mais de 1,5 km da casa de Brian May, embora ele e Freddie nunca tivessem se encontrando quando adolescentes). Jer tornou-se assistente de loja e Bomi começou encarregado do caixa na Forte, firma de catering.

Colegial
Freddie tinha passado nos exames do secundário no St. Peter’s e entrou na Isleworth Polytechnic para estudar arte. Em 1966, com histórico escolar cheio de notas 10, foi aceito no curso de ilustração gráfica no Ealing College of Arte, se mudando para a cidade, passando a dividir apartamento em Kensington, perto do Imperial.

Na Ealing, ele e Tim Stafell se tornaram amigos não apenas devido a adoração de Freddie por Jimi Hendrix, mas devido também ao caráter direto de Freddie. Nesta época, ele até tinha um jeito afeminado, mas saía com as garotas, o que nunca despertou boatos para sua sexualidade.

Freddie sempre declarava que seria um astro do rock. Mas não tinha tocado em banda alguma desde que estivera na Índia. Enquanto completava o curso para tirar o diploma, aos 22 anos, ele comprou uma guitarra. Staffell ensinou a ele os rudimentos e, num reduto de estudantes em Kensington, apresentou-o Brian May e Roger Taylor, colegas da sua banda Smile. Neste período, Freddie adotou o nome Mercury (Ele escolheu o nome artístico por inspiração zodiacal. Freddie era do signo de Virgem, que tem Mercúrio como regente. Reza a lenda também que ele escolheu Mercury por ser o deus dos mensageiros).

Sour Milk Sea
Momentaneamente um artista gráfico freelancer logo depois de receber seu diploma, de agosto de 1969 até a próxima primavera, Mercury aprendeu muito sobre a vida de banda quando participou, ora como vocalista, ora como guitarrista, das bandas Ibex (de agosto a outubro) e Wreckage (outubro-dezembro) e, em seguida, o mais experiente, Sour Milk Sea (fevereiro-março de 1970). Desde o início, dominava o palco como um deus e não cansava de proclamar que seria uma lenda.

Freddie e Mary Austin
Morando com Roger, Tim e Brian, ele ganhou a simpatia dos companheiros de apartamento. Mercury e Roger se deram tão bem que montaram uma loja de roupas “antigas” no mercado de Kensington. Ainda em 1970, Freddie arrumou uma namorada: Mary Austin. Mais tarde, ele chamou essa relação de “vínculo estranho”; mas, seja o que for que aconteceu ao namoro, a amizade entre ambos nunca morreu.

Em 1970
Em abril de 1970, Tim Staffel, Roger Taylor e Brian May jogaram a toalha em relação a Smile e acabaram com a banda. Surgiu, então, uma nova banda, com Mercury à frente. Roger, Freddie e Brian adotaram o nome sugerido por Mercury: Queen. Ele explicou: “ É régio, forte, universal, imediato. Eu estou consciente das conotações gay. Mas soa esplêndido!” Demitiram três baixistas até encontrarem John Deacon em 1971. O Queen como conhecemos estava formado.

Queen
O resto é história do rock. Em 1973 o álbum de estréia foi lançado e aclamado como um dos mais excitantes desenvolvimentos no rock. Em 1975, para o álbum A Night At The Opera, Freddie nos apresentou a obra-prima do Queen: Bohemian Rhapsody que, com seis minutos de duração, conquistou o topo das paradas no rádio. A ópera-rock de Freddie Mercury adquiriu forma com 180 vocais superpostos e camadas de guitarra que faziam o todo parecer uma grande orquestra.

Icônica capa do álbum Queen II
Uma música que quase não foi lançada devido a seu tamanho e estilo incomum, mas que se tornou um hit instantaneamente, reconhecível até hoje. Freddie é responsável por outros diversos sucessos do Queen, como: Seven Seas Of Rhye, Killer Queen, Love Of My Life, Somebody To Love, Don't Stop Me Now, Bicycle Race, Crazy Little Thing Called Love, It's A Hard Life, e outras. Nesta altura, o talento de Freddie se tornou bem claro, uma voz reconhecida até hoje como a melhor da história do rock e uma presença de palco que deu ao Queen notável reconhecimento e apresentou shows memoráveis.

Shows memoráveis
Através da capacidade de Freddie de projetar a si mesmo e música e a imagem da banda aos quatro cantos de 70.000 lugares de um estádio, os tornaram conhecidos como os principais desenvolvedores do rock de estádio, uma reputação perpetuada por sua tática pioneira na América do Sul, onde eles tocaram para 231 mil fãs em 1981, no estádio do Morumbi, em São Paulo, um recorde mundial na época.

Wembley 1986
Outros shows marcantes com grande apresentação de Freddie e dos rapazes: As duas noites antológicas no Rock In Rio de 1985, o Live Aid, também em 1985 e o memorável show no Wembley Stadium, em 1986. A presença de Freddie nos videoclipes também era incrível.

Gatos
Freddie Mercury era conhecido por seu comportamento excentrico no palco, mas nos bastidores era um homem de família devotado à sua família de gatos. Apesar de ter casas em Nova Iorque e na Alemanha foi em Londres, que se sentia verdadeiramente em casa e onde ele mantinha seus gatos Tom, Jerry, Oscar, Tiffany, Delilah, Goliath, Miko, Romeo e Lily, que sempre estavam com Freddie onde quer que ele estivesse na casa, principalmente fazendo companhia a ele em sua cama. Muito apegados a eles, seus gatos também faziam parte de sua música. Em 1985  Mercury dedicou seu primeiro álbum solo, Mr Bad Guy, “a meu gato Jerry e também ao Tom, Oscar e Tiffany, e para todos os amantes dos gato em todo o universo e que se danem o resto”. Seu gato favorito era Delilah e esta foi personagem de uma canção escrita para o álbum Innuendo. Os gatos também estrelaram o videoclipe de These Are The Days Of Our Lives, onde Freddie usava um colete de seda pintado com retratos dos seus gatos.

Freddie - The Great Pretender
Em meados de 1980, Freddie começou a se concentrar em sua carreira solo, que era para ser executada em conjunto com o Queen (a "nave-mãe") em vários álbuns, começando com o lançamento de Mr. Bad Guy, em 1985. Freddie, numa autoparódia, atingiu o auge com a sua versão cover da canção do The Platter, The Great Pretender, em 1987.

Jim Hutton e Freddie
Em 1985, ele começou uma relação de longo prazo com o cabeleireiro chamado Jim Hutton, que esteve com ele até seu falecimento. Por baixo da coroa, Freddie tinha suas próprias ambições e problemas. Ele compartilhava a preocupação de todo homossexual dos anos 80 quanto à aids, ao mesmo temo que lidava com o fardo extra de proteger sua vida particular contra a voraz bisbilhotice da mídia.


Freddie e Caballé
Sua primeira colaboração importante fora do Queen foi com Dave Clark para a gravação do London's West End musical, Time. Isto foi seguido em 1987 com a realização de um dos maiores sonhos de Freddie: gravar com a reverenciada mundialmente diva da ópera Montserrat Caballé. O LP e sua música-título, Barcelona passou a se tornar um hino para a cidade da Señora Caballé e tema para os Jogos Olímpicos de 1992. A dupla fez bastante sucesso também com a música How Can I Go On, que se tornou um hit no Brasil.

O feliz encontro com Caballé ajudou a sustentar Mercury quando, logo em seguida, ele entrou no período mais sombrio de sua vida. No começo de abril de 1987, como relatado por Hutton, retiraram um enorme caroço de Freddie e os resultados da biópsia mostraram que ele estava com aids. Jim, mesmo assim, preferiu ficar ao lado de seu parceiro, que disse que entenderia caso ele quisesse deixá-lo.

John, Brian, Freddie e Roger - Friends will be friends right to the end!
Assim que o álbum The Miracle foi lançado em 1989, Mercury pediu a banda que começassem a trabalhar em outro álbum, para espanto dos membros, que mesmo assim disseram um ‘Sim’ em uníssono. Então, em Montreaux, durante um jantar, Freddie disse porque não queria parar de gravar, revelando sua doença e pedindo para que isso não fizesse nenhuma diferença. Conforme relatado por Mary Austin, fazer música alimentava a luz dentro dele. Depois de saber a verdade, Brian, Roger e John passaram a apóiá-lo, se tornando muito mais íntimos a ponto de chegaram a mentir para seus próprios familiares quando a condição de Mercury.

Freddie em These Are The Days Of Our Lives
Assim que Innuendo, último álbum do Queen com Freddie vivo, foi terminado em 1991, Mercury levou a banda de volta ao estúdio de Montreaux a fim de gravar o que pudesse para o próximo álbum. Innuendo foi lançado, se tornando um grande sucesso. O videoclipe de These Are The Days Of Our Lives acabou sendo o último de Mercury. Seu último vocal gravado foi Mother Love (mais tarde lançado no álbum Made In Heaven).

Notícia sobre sua morte
Freddie, infelizmente, acabou falecendo no começo da note de domingo do dia 24 de Novembro de 1991, apenas cerca 24 horas depois de ter sido anunciado publicamente que tinha a doença. Freddie optou em manter segredo para proteger a privacidade das pessoas que vivam a sua volta e para evitar que as pessoas comprassem seus discos por causa de sua doença. Freddie faleceu devido a uma broncopneumonia induzida pela aids. Sua morte causou repercussão e tristeza em todo o mundo.

Os pais de Mercury se encarregaram das observâncias religiosas zoroastrianas na antiga língua avéstica (relacionada com sânscrito védico). No dia 27 de novembro, nas instalações de John Noles & Son, funerária de Ladbroke Grove, a família de Freddie e dois sacerdotes cuidaram do serviço religioso. Em seguida, foram de carro para o West London Crematorium, na Harrow Road, onde se juntaram a cerca de 30 pessoas, entre elas Brian, Roger, John, Elton John, Hutton, Mary e outros.

O corpo de Freddie Mercury foi cremado e suas cinzas foram espalhadas na margem do Lago Genebra na Suíça, lago este que Freddie passou a amar no fim da vida.

Tributo
Os membros remanescentes do Queen fundaram uma associação de caridade em seu nome, a The Mercury Phoenix Trust, e organizaram, em 20 de abril de 1992, no Wembley Stadium, o concerto beneficente The Freddie Mercury Tribute Concert, para homenagear o trabalho e a vida de Freddie. O show contou com a presença de diversos artistas que cantaram suas próprias músicas e que se juntaram ao Queen para cantarem os maiores sucessos da banda.

Em 1995 foi lançado o álbum Made In Heaven contendo as últimas gravações de Freddie (Mother Love, A Winter's Tale e You Don't Fool Me), gravações mais antigas e canções de sua carreira solo, todas retrabalhadas para o álbum. Em 1997, John, Brian e Roger lançaram a canção No-One But You (Only The Good Die Young) em homenagem sua homenagem.

Monumento em sua homenagem em Montreux, Suíça
No âmbito pessoal, familiares, amigos e fãs havia tempos disctuiam a possibilidade de um monumento em memória de Mercury. Rejeitada em Londres, a proposta encontrou abrigo em Montreux. A municipalidade concordou com a instalação da escultura em bronze, em tamanho natural, executada pela escultora checa Irena Sedlecká ao lado do lago de Genebra. Em 25 de novembro de 1996, foi inaugurada a estátua em sua homenagem, com a presença de Brian May, Roger Taylor, Montserrat Caballé, Jer e Bomi Bulsara e Kashmira Bulsara (irmã de Freddie). Ao desvelar a estátua, Brian May agradeceu à cidade por oferecer a Mercury "uma espécie de santuário". A estátua tem na base um dedicatória escrita por May: Lover of life, singer of songs (Amante da vida, cantor de canções)

Rei
Até hoje, reconhecido como o maior vocalista de todos os tempos, Freddie é lembrado e homenageado por milhares de fãs.

5 comentários:

  1. Emocionante! Freddie estara sempre em nossos coraçoes! Foi,è e sempre sera Freddie Mercury,o cantor mais talentoso e apaixonante do mundo!!!

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  2. Genius. Lenda do rock mundial. O maior vocalista de todos os tempos.

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  3. Garanto que Zanzibar e Londres se arrependem de não ter abrigado a estatua em homenagem ao Freddie eterno!

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